A História do Tijolo

Compartilhe este post:

Os vestígios mais antigos de tijolos datam de 7500 a.C. Foram encontrados tijolos de 7000 e 6395 a.C., em Jericó e em Çatalhüyük, respectivamente. A partir de dados recolhidos nestas e outras descobertas arqueológicas, foi concluído que os tijolos cozidos (em detrimento dos tijolos secos ao sol) foram inventados no terceiro milênio antes do nascimento de Cristo, no Médio Oriente.

Os tijolos foram uma inovação tecnológica importante, pois permitiram erguer edifícios resistentes à temperatura e à umidade, numa altura em que o Homem deixou de ser nômade, passando a ter a necessidade de possuir construções resistentes e duráveis. Por volta do ano de 1200 a.C., o fabrico de tijolos generalizou-se na Europa e na Ásia.

Na região dos rios Tigre e Eufrates, os tijolos começaram a ser utilizados há mais de cinco mil anos. Isto se deve, sobretudo, à grande escassez de rocha e madeira nessa região, o que fez com que as populações aderissem a outros materiais construtivos, como, por exemplo, o tijolo. Também na Suméria o material de eleição foi o tijolo; tinham uma forma arredondada e não eram unidos com argamassa, nem com cimento. Para tornar os edifícios mais seguros e resistentes, os espaços vazios eram preenchidos com betume, palha e ervas.

Também no Antigo Egito e na civilização do Vale do Indo o tijolo era um material muito utilizado. Esse fato pode ser observado nas ruínas de Buhen, Mohenjo-daro e Harappa, por exemplo. As dimensões dos tijolos encontrados tinham uma razão de 4:2:1; estas são as dimensões ideais para este tipo de elemento construtivo.

Os romanos adotaram também o tijolo e desenvolveram um novo tipo – tijolo romano. Este foi um dos principais elementos de construção dos edifícios do Império. Tinham uma forma um pouco fora do habitual, pois eram bastante compridos (6:2:1). Frank Lloyd Wright, arquiteto americano do século XX, utilizou este tipo de tijolo em muitas das suas obras.

No século XII, os tijolos produzidos no norte de Itália foram levados para a Alemanha, onde se adquiriram um importante papel na arquitetura. O chamado Gótico Báltico foi uma variação do estilo gótico onde o tijolo era o principal elemento construtivo. Teve um grande impacto nos países nórdicos devido à falta de pedra. Podem-se encontrar exemplos destes edifícios na Dinamarca, Alemanha, Polônia ou Rússia.

Durante o Renascimento e o Barroco, as paredes de alvenaria de tijolo não eram apreciadas. Porém, não foi razão para se deixar de utilizar este material; as paredes eram revestidas a gesso, no interior e exterior do edifício, de maneira que não se percebesse a natureza do material utilizado. Já no século XVIII, as paredes de tijolo voltaram a ser aceites esteticamente.

A Revolução Industrial trouxe a produção em massa de tijolos. As pequenas oficinas que produziam tijolos desapareceram para dar lugar a grandes fábricas, com fornos enormes, que tornavam a produção de tijolos mais rápida e barata. O uso do tijolo foi generalizado; por toda a Europa, apareciam novas fábricas que precisavam ser erguidas e a indústria dos tijolos expandiu-se largamente.

No século XX, no pré-guerra, o tijolo foi posto de parte, passando o aço e o betão a serem os elementos construtivos de eleição. Hoje me dia, a utilização de tijolos está cada vez mais em desuso, mas não abandonada; passou a ter uma função meramente decorativa, em detrimento da função estrutural de outrora.

Fonte: HISTÓRIA DO TIJOLO. Garcia Telhas e Tijolos, 2018. Disponível em <https://www.telhasetijolosgarcia.com.br> Acesso em 07 de fevereiro de 2023.

A Cerâmica Brasil Germano está no mercado há mais de 40 anos. Situada na cidade de Jataizinho Paraná, nossa loja atende construtoras, revendedores e obras particulares.

Leia Mais

O melhor para sua obra!

Faça já o seu orçamento!